A Mulher de Preto 2


"Repentinamente o quarto esfriou, um frio noturno. Edward podia ver sua respiração formando nuvens quando espirava. Ele tremeu e apertou os braços em volta do corpo.
Havia algo estranho no quarto. Algo de que ele não gostava. Não apenas o frio e os pássaros mortos na lareira, mas uma sensação. Uma tristeza. Edward já se sentia perdido e desolado, porém esse quarto parecia alimentar a sua dor, fazendo-a aumentar. E havia mais uma coisa: uma sensação de pavor, de terror, movendo-se em sua direção."

"A Mulher de Preto 2 - Anjo da Morte", de Martyn Waites, Editora Record aconteceu na minha vida depois de ter assistido o filme. Normalmente não é essa sequência que costumo usar. 
Primeiro, leio o livro, depois assisto o filme. Dessa vez foi diferente, mas até que não doeu tanto assim.
Já tinha assistido "A Mulher de Preto 1", e desisti do livro porque odiei a história. A minha relação com o segundo filme foi diferente. Perto do primeiro, achei que a história foi ok! Por isso resolvi investir no livro, e confesso que a história se manteve fiel, bem contada e sem muitas firulas. 
É uma leitura que flui rápido, não tem grandes pretensões e consegue ter um desfecho bom!
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Grã-Bretanha é devastada por bombas alemãs. Os sobreviventes buscam proteção nas estações de metrô e as crianças são enviadas para a zona rural para fugir do horror que cai sobre uma Londres arruinada.
A professora Eve Parkins é responsável por um desses grupos de crianças que seguem para o campo. O destino: a Casa Brejo da Enguia. A nova residência, localizada em um pântano e sempre encoberta por uma espessa bruma, agora está reformada e pronta para servir de escola e abrigo. Porém, algo na casa deixa a jovem professora inquieta. Um mofo preto que parece se esgueirar pelas paredes, seus pesadelos angustiantes e um ruído aterrador vindo do porão à noite.
Edward, uma das crianças do grupo, tem um passado trágico. Após testemunhar a morte da mãe em um ataque aéreo, ele se retrai completamente. Sempre afastado, busca consolo em um fantoche que encontra na casa. No entanto, longe de ser apenas um brinquedo, o boneco parece servir de instrumento para o menino conversar com alguém.
A história flui sem muitos percalços. Não vejo como uma história 'assustadora', mas vale como leitura rápida e ok!

Abraço,
Cláu Trigo

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