Sejamos Todos Feministas - Projeto "Um Livro Por Dia" #2


"Se repetimos uma coisa várias vezes, ela se torna normal. Se vemos uma coisa com frequência, ela se torna normal. Se só os meninos são escolhidas como monitores da classe, então em algum momento nós todos vamos achar, mesmo que inconscientemente, que só um menino pode ser o monitor da classe. Se só os homens ocupam cargos de chefia nas empresas, começamos a achar "normal" que esses cargos de chefia só sejam ocupados por homens."

Aqui está o segundo livro do projeto, e como dissemos no texto de apresentação, esse é mais um livro que fica fora do núcleo EUA - Inglaterra. Além de que "Sejamos Todos Feministas", da nigeriana Chimamanda Ngozi Adiche, Editora Cia da Letras, já estava na minha lista fazia um tempo.
Este pequeno livro  - 50 páginas -, na verdade, é uma versão modificada de uma palestra que ela deu em 2012 no TEDxEuston, uma conferência anual com foco na África.
Eu amei esse discurso, e acho que todo mundo deveria ler.
Quem é feminista, quem diz não ser, quem acha que é uma coisa totalmente diferente da realidade, e mesmo aqueles que chamam o movimento e as mulheres que fazem parte dele, de todos os adjetivo cruéis possíveis. Ele é essencial para mulheres e homens.
O problema com o movimento feminista é que, muitas vezes, as pessoas nem sabem o significado da palavra ou se enganam com mulheres que dizem ser, mas que passam uma mensagem totalmente errada. É claro que vai ter feministas radicais. Pra tudo, existe aquele radical que destrói tudo que um grupo de pessoas lutam. Mas não se pode levar essas pessoas como exemplo - neste caso o feminismo luta por tanta coisa importante para nós.
Feminismo no dicionário aparece como: "Sistema dos que preconizam a ampliação legal dos direitos civis e políticos da mulher ou a igualdade dos direitos dela aos do homem.". E é exatamente por isso que ele luta. Por direitos iguais para ambos os sexos. Inclusive a Chimamanda cita para a igualdade de gênero do que o próprio nome "feminismo" - porque é isso que ele é, uma luta por igualdade. Que as mulheres recebam o mesmo salário que o homem quando estiverem no mesmo cargo. Que as mulheres não tenham que chegar em casa e ainda ter que arrumar a casa sozinha.
Todas essas questões ela cita no discurso e de um jeito magnífico! Foi até difícil escolher qual frase iria começar a resenha, pois num livro de 50 páginas têm 6 marcações, mais até do que livros maiores. Se pudesse, colocava todas aqui, mas acho que não é isso que vocês querem, rsrs.
Então peço que tirem meia hora do dia para lerem isso. Tenho certeza que só vai somar na vida de todos.
"A cultura não faz as pessoas. As pessoas fazem a cultura. Se uma humanidade inteira de mulheres não faz parte da nossa cultura, então temos que mudar nossa cultura."
E depois disso, fiquei super curiosa para ler os outros livros dela. Tenho aqui em casa o "Hibisco Roxo", e podem acreditar, não sabia muito bem do que se tratava. Mas depois fui ler a sinopse e fiquei interessadíssima. Também vou ver de ir atrás do "Americanah".
Vamos trocar opiniões e ideias, mas sempre com respeito! ;)

Até a próxima e boa leitura!
Carol!!!

3 comentários

  1. Que bacana esse projeto! Me interessei muito pelo livro, me considero feminista, porém acho que não sou muito ativa e que até mesmo não entendo muito do assuntos, penso que esse livro seria excelente para começar a me inteirar mais! Belíssima resenha.

    http://blogpaginasembranco.blogspot.com.br/

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  2. OLá!

    Não conhecia seu projeto. Acho que já vi algo dela no Ted, como você disse, o livro é na verdade o discurso dela (entendi certo?). Boa sorte com o projeto.

    Abraços, Heitor Botti
    shakedepalavras.blogspot.com

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  3. "A cultura não faz as pessoas. As pessoas fazem a cultura. Se uma humanidade inteira de mulheres não faz parte da nossa cultura, então temos que mudar nossa cultura."

    Perfeita! Eu já tinha ouvido falar do projeto e do livro também, ainda não li, mas com certeza vou ler e indicar pras manas tudo...

    www.detudopouco.com.br

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