Para Relaxar os Neurônios


"Outro dia, eu estava parado num sinal vermelho quando vi meu filho saindo do cinema. Ele estava com sua nova namorada. Ela segurava a manga do casaco dele com a ponta dos dedos e sussurrava algo em seu ouvido. Não cheguei a descobrir que filme eles tinham acabado de ver - os letreiros estavam cobertos por uma árvore em plena floração -, mas naquele momento me peguei recordando, com uma nostalgia quase dolorosa, os três anos que ele e eu passamos, só nós dois, assistindo a filmes e conversando na varanda da casa, um período mágico que um pai não costuma experimentar quando  tem um filho adolescente. Agora, já não o vejo tanto quanto antes (e é assim que deve ser), mas aquele foi um período maravilhoso. Uma pausa feliz, para nós dois."


Um livro para descontrair, simples assim.
Sabe aqueles dias que não estamos à fim de pensar, refletir, ficar ansiosa, aflita? Então, esse é o livro.
"O Clube do Filme", de David Gilmour, Editora Intrínseca, é o livro.
Li ele em dois dias - tem 239 páginas - mas poderia ter sido menos. Foi a preguiça falando mais alto.
Tem uma história legal como enredo, e muitas, mas muitas sugestões de bons e ótimos filmes. Assisti muitos, outros foram para a lista. O mais legal é que em muitos deles, ele tem uma história para contar sobre o diretor, roteiro, atores, cenário. Muito interessante.
A história é real e instigante! Não fica nada ali, jogado, à toa.
David Gilmour, crítico de cinema desempregado e com o dinheiro contado, vivia uma fase complicada. Além disso, o filho de 15 anos colecionava reprovações em todas as disciplinas. Diante da falta de rumo daquele estudante perdido e despreparado, uma proposta paterna radical: o garoto poderia sair da escola - e ficar sem trabalhar e sem paga aluguel - desde que assistisse toda semana a três filmes escolhidos pelo pai, e com o pai. Assim surgiu o Clube do Filme...
Acho uma boa dica para se ler quando não se tem nada para fazer e quer relaxar!

Cláu Trigo

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